Neurociência Criminal
Resumo: Este abordagem tem como base na leitura da obra de Mariana Porto Zambon, “Violência doméstica contra crianças e adolescentes: um desafio”.
No aproveitamento desta abordagem há fatores e condições ligadas à matéria de Neurociência Criminal como transtorno de personalidade do agressor, da parte permissiva, no caso a rede que deveria ser de apoio chamada ‘família’ e amigos e de investidores que capitalizam e ou consomem o objeto do produto da exploração sexual infantil, a criança abusada. Unidade de Emergência Referenciada Pediátrica (UERP) do Hospital das Clínicas (HC) – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e ambulatório especializado, entre janeiro de 2003 e dezembro de 2007.
Os dados do SISNOV analisados quanto ao tipo de abuso sexual (estupro ou não), local (doméstico ou urbano), duração (aguda ou crônica), autor (conhecido ou não; incestuoso ou não) entre 2003 á 2007 com 551 atendidos no Hospital de Clínicas da UNICAMP revelaram os resultados da prática e vítimas de abuso físico (13,4%), sexual (31,9%, psicológico (2,0%), negligência (33,9%), abuso sexual, 80% variando de idade de 5 até 14 anos. no caso dos estupros os índices eram de 22% vaginais, 13% anais, 3% orais e 59,57% de atentado ao pudor.
À BIOPSICOSSOCIOLOGIA DO COMPORTAMENTO CRIMINOSO COMPORTAMENTO BIOLÓGICO
Existe três formas: O aliciamento para a prostituição; o abuso sexual ( de formas variadas e "transtornadas e doentias") no ambiente virtual e o abuso e o estupro de crianças para a confecção e compartilhamento comercialização de imagens e vídeos para os pedófilos criminosos, que configura pela Lei do ECA e constitucional a Lei de Pedofilia na Internet.
Em entrevista para a Série Pense Digital, a autoridade em psiquiatria forense no país, Dr. Talvane de Morais que também é bacharel em direito e medicina, afirma que estes predadores sexuais infantis são psicopatas e perversos. Também o Engenheiro Mecatrônico e Ethical Hacker Wanderley de Abreu Júnior afirma que ao atuar há mais de vinte anos na operação Catedral a primeira contra a pedofilia no páis, chegou a quase "vomitar' e passar mal com a materialidade absorvida nas investigações e dos registros de uso como os rede logs, redes e acessos nos quais mostram o verdadeiro "modus operandi" de "lixo humano", conceituado e identificado como pedofílico "ativo" ou, praticante no mundo físico e virtual: a pedofilia e tráfico de crianças no mundo.
A palestrante Taira Gonçalves, vítima de abuso sexual infantil, e autora independente do livro “Ouçam o Meu Grito”, foi abusada pelo vizinho desde a infância e posteriormente forçada a se casar com o mesmo pela família totalmente omissa e abusiva. Atualmente vive em Londres e bem colocada em sua profissão luta para que a sua obra seja ‘ouvida’ e que ela possa alertar vítimas a fim de colocar um fim no ciclo de abusos, em especial o intrafamiliar.
COMO AGEM OS PREDADORES SEXUAIS ‘DE FAMÍLIA’, NA FAMÍLIA, EM FAMÍLIA E POSTERIORMENTE NA ‘REDE’, MOSTRANDO A CARA. COMPORTAMENTO SOCIAL
Em 90% dos abusos são cometidos dentro da casa da vítima e por familiares e pessoas próximas delas, no caso as crianças. O crime organizado e estruturado promove e prove o acesso às imagens de crianças em situação de abuso e estupro e cobram para este acesso. Em alguns casos a consumação do ato no ambiente físico, saindo do virtual é facilitado e consolidado pelos agentes do crime que são em sua maioria ‘pais de família’ e com filhos. Alguns sinais e situações podem alertas quanto aos abusadores em potencial e a forma de agir do criminoso-estuprador como, a proximidade excessiva com crianças; a excessiva necessidade do contato físico com crianças; olhares suspeitos para a crianças; perguntas "suspeitas" sobre a crianças.
Promover situações em que a criança é ‘beneficiada’ sempre em meios de adultos pode ser uma das táticas do abusador. Recentemente, do Programa "Domingo Espetacular" foi noticiado ex-presidente de moto clube de São Paulo, Itajiba Rodrigues de Souza, 63 anos que até então recebeu três denuncias de estupro de crianças, e em todas as situações dentro da piscina na frente dos pais, porém debaixo da água. Este é o perfil "clássico" de um criminosos com a personalidade configurada também com traços de psicopatia, perversidade e algumas parafilias.
O especialista em Crimes Sexuais contra Crianças, Sr. Rildo a Silveira, afirma que pela sua experiência, formação e observação à criança que faz há 23 anos em investigações, quesitos, laudos e perícia de casos desta natureza, os predadores sexuais, tocam e seguram a criança de forma diferente e no tempo mais longo, e claro, de forma insistente e reincidente. Todo planejamento, incluindo o de crime, parte da necessidade de agir e da observação. Crianças e adolescentes são observadas em seus locais de convívio dentro de casa, nas escolas, igrejas, em seu bairro, no ambiente familiar e agora também na internet, na maioria dos casos pelas redes sociais e em alguns específicos através do crime organizado em itens especializados em pedofilia ou prostituição com meninas mais jovens. Entende-se que o planejamento é facilitado pelo acessa, agilidade e permissividade que a internet e as penalidades brandas para a prática pedofilica do abuso e estupro de crianças permite, respectivamente.
Como o crimninoso consciente, predador, não é freado, as variedade e gostos se ampliam se conectam e sã organizados pelo crime da pedofilia em rede. Atualmente estes estupradores de crianças se organizam em grupos, conforme falado noutro artigo, e são orientados pelos agente que vendem, trocam, produzem, e compartilham informações em vídeo, imagens e alguns textos pela Dark e Depp Web incluindo orientações de possíveis infiltrações policiais.
A maioria dos casos de pedofilia em família, o agente apoiador e emissor é a própria família e principalmente a mãe ou esposa do agressor pedofílico (estuprador). Uma constatação abjeta e de um cinismo absoluto.
Nesse cenário em que o abusador é o pai, padrasto, avós, tios, parentes próximos. Tanto no mundo real quanto o virtual o ciclo do abuso ou único abuso é: 1. Informar; 2. sondar; 3. pesquisar; 4. elaborar estratégia de abordagem (virtual, proximidade com família, hora e local; 5. disfarçar de amigo (maioria da mesma idade); 6. incentivar e fomentar a brincadeiras; 7. informar e chocar com a verdade; 8. exigir a continuação do crime (abuso); 9. chantagem para a subnotificação (não denunciante); 10.venda ou compartilhamento do material para terceiros; 11. seguir para próxima vítima (sem arrependimento algum) sozinho sem familiares, nos casos intrafamiliares).
COMPORTAMENTO ‘PSICO'
O médico e psiquiatra forense Júlio César Fontana Rosa salienta que os ‘valores encucados’ de um pedofílico, essencialmente com preferência por corpos infantis, pode ter uma possibilidade de tentativa de tratamento para a contenção da compulsão e transtorno, desde que estes estejam encucados (...). Contudo, é notável que há vivências da sexualidade que fogem dos padrões sociais esperados se constituindo como delitos e violência, assim é relevante distinguir.
O abuso sexual diz respeito a um comportamento marcado pela inevitável vontade de praticar o poder sobre a criança, já a pedofilia é vista como um transtorno sexual, uma parafilia, e como tal conceituada por protótipos de fetiches e ações sexuais exageradas e constantes envolvendo crianças, o que traz consequência maléfica para o sujeito e dano potente para outros indivíduos. Mohr, Turner e Jerry (1964 apud QUINSEY; LALUMIÈRE, 2001) qualificaram 55 agressores sexuais de crianças como violentos, na maioria sem transtornos psicóticos, intelectuais e alfabetizados como homens comuns, logo nesse sentido, comuns.
Porém Meloy, Gacono e Kenney (1994), estudando assassinos sexuais, perceberam o aparecimento de irritação constante, sentimentos nulos e com ideias fixas. já uma análise feita por de Miler- Jesus (2006) coloca o abuso como fator de tornar o abusador em futuro abusador. FAGAN et al (2002) apud BARLOW e DURAN (2008) apontam que o predador sexual infantil e serial é um mitomaníaco clássico e aprimorado ao longo de anos como abusador e estuprador, controlando, mentindo, manipulando e confundindo. Na parte prática do abuso é brutal para com a criança e satisfaz suas fantasias, doida fisicamente com a crianças, segundo (ORLANDELI; GRECCO, 2012).
De acordo com Scortegagna e Amparo (2013), a estimativa das feições de traços típicos dos agressores sexuais é um desafio na realidade do Brasil.Chagnon (2008) nomeia como violência sexual cometida por jovens em decorrência de aprendizados educacionais inconvenientes, como aquelas fundamentadas em autoritarismo e selvageria. Existe uma heterogeneidade dos atributos de personagem e psicopatológicas dos problemas em dominar os impulsos e em constituir afinidades de familiaridade; traços típicos imaturos e instáveis; agressividade diante das frustrações; antipatia e amorpróprio inferior e transtornos do ego dos indivíduos.
“MODUS OPERANDI”
Na abordagem, uma criança é abordada na rede social, em chats e em plataformas de jogos. Ele se passa por uma criança ou por uma pessoa muito legal para atrair a criança. E após ter a "paciência", "cinismo" e a "perversidade" de várias conversas ganhando a confianças da crianças apenas para a prática pedofilica, a criança através das falas escrita ou em áudio e vídeo do pedofilico é sexualizada e erotizada, sem saber que isto está acontecendo.
Existe uma abordagem no mundo físico muito comum que é a direta entre familiares e com o maior índice. A outra e mais comum do que se imagina é quando vítima é conhecida do abusado e estuprador pedofilico, onde o abusador tenta a aproximação pela rede se passando por outra pessoa ou fingindo algum sentimento, mas receoso em ser direto pela situação do convívio.
Na manipulação, algumas frases, imagens criam estímulos em qualquer ser humano que seja sadio e, desta forma, dá uma resposta. Desse mogo, o 'jogo' fica interessante para o pedofilico abusador: ele tem as respostas que ele queria para abusar da criança que não imagina ser essa a intenção. A criança, como o seu objeto de prazer sexual e de domínio, está doutro lado da tela sendo abusada, tendo a sua primeira experiência sexual sem saber, até então, porque um dia ela será re-vitimizada porque vai entender o que foi feito com ela, e este problema estenderá pela vida toda.
À maneira com que a conversa flui, ele devolve com a manipulação, logo não existe um protocolo de manipulação exceto o óbvio, ele joga com aquilo que ele recebe de informação e percebe na personalidade da criança. O predador sexual infantil conhece uma criança e sabe jogar. O ato de abuso e do estupro o predador induz a criança pelo envio de imagens ou vídeos na qual ela esteja com pouca roupa par ao fim sexual de um adulto é um tipo de abuso sexual.
Exibicionismo erótico para a criança também é um tipo de abuso e na internet temos os dois. Acrescento mais um que é o mais grave: abusar de crianças, fotografar e filmar e inserir em rede. Um crime perverso, continuado e que, exponencialmente, ultrapassa o seu valor penal. Alguns casos o pai passa orientações de estupro e abuso sexual é ensinada e passada para os descendentes.
A chantagem está inserida em toda a narrativa do predador sexual-serial (e pedofílico), em alguns casos quando a criança está para desistir do contato, o criminoso consegue trazê-la de volta na forma de chantagem, porém nesses casos ele ainda é o amiguinho que ela conheceu no seu ambiente lúdico de internet. O sórdido abusador segue para a próxima vítima que ele simultaneamente já deixou preparada para agir, pois pela internet o acesso e contato é exponencial, ou seja, ele planeja, observa e tenta aliciar e abusar de várias ao mesmo tempo, saciando apenas a sua necessidade e prazer do abuso, dominação e dentre outros.
A REDE E SUAS CONEXÕES NO ‘BANDO’ E COMUNICAÇÃO SILENCIOSA
Desejar, cobiçar, intimidar ou dar um recado, é com os olhos e sua forma mais sigilosa e eficaz, e em certa vezes, dar à quem já sabe que vai recebê-lo ou estar esperando receber (...). Predadores sexuais infantis chantageiam as suas vítimas e por estarem sempre por perto não é difícil este olhar intimidador dar recados pela intimidação, deboche e medo.
Os predadores sexuais infantis e ‘de família’ se comunicam de forma silenciosa e cínica deixando visível, a quem possa entender, imagens e símbolos da prática. São casados, pais de família, de classe social média até a altíssima, respeitados na sociedade, de atuantes em certos segmentos e serviços até estatais que deveriam freiar a prática e não facilitarem-na. Escolhem a suas vítimas pelo grau de vulnerabilidade e sobre a questão situacional, ou seja, a oportunidade.
Escolhem por encomenda através do crime organizado da rede pedofilia física e via internet, com encomendas com gostos, preferências e idade. Alguns escolhem as suas vítimas partindo do perfil dos pais e dos perfis em rede e possuem uma frequência e horários de acesso que levam à suspeitas do predador sexual-serial (e pedofílico) em rede. Após as abordagens a execução do crime abjeto de pedofilia na internet, o abusador se volta para o seu grupo de pedofilicos, que se comunicam de forma silenciosa através de imagens, compartilhando conversas, vídeos e imagens adquiridas e assim ela se espalha. Sem empatia alguma, ele segue para a sua série de crimes com o mesmo perfil de vítima, da mesma forma e sequencialmente: Temos aí o Serial abusador e predador sexual.
Brasil é o segundo maior produtor e consumidor de pedofilia no mundo, o espelho da doença, impunidade e descaso para com as crianças que crescem e devolvem à todos este "esgoto" de outro esgoto que um dia fez contato com ela da pior forma, com dolo e sem qualquer empatia ou remorso.
Comunicam-se com imagens e sinais entre si, na qual quando um visualiza na forma do status, tatuagem ou algo sinal visual que causa a identificação (...) A maioria dos pedófilos são orientados por quem provê o material pornográfico infantil, onde para cada caso é um caso: usar pen drive, usar "disquete" e alguns gambiarras de rede para não serem identificados.
A CAPITALIZAÇÃO E CONSUMO DO ABUSO INFANTIL
O aliciamento à prostituição infantil - o planejamento nesse caso é pesquisar e entender em qual local de pobreza os responsáveis estariam dispostos "vender" o seu filho ou filha principalmente. A exposição, e comercialização em grupos de indivíduos que constituem em sua personalidade alguns trantornos como a psicopatia, perversidade, parafilia da pedofilia, e em sites pornográficos sem o consentimento da vítima - após adquirir imagens, elas são expostas em sites que cobram para o acesso e visualização.
Abuso pela internet - o predador sexual observa e estuda a sua vítima pela rede social, consegue o contato. a intenção e dolo nesse casos, em sua maioria, é ter o prazer sexual doutro lado da tela e compartilhar com o grupo de abusadores e estupradores de criançase em alguns casos vender o material.
O DANO DO ESTUPRO NA INFÂNCIA E OU SISTÊMICO ATÉ A ADOLESCÊNCIA
Na fase na qual a criança entender que foi estuprada ou abusada , os momentos de revolta. O choro, crises de ansiedade, mudanças no comportamento de evacuar, urinar, irritabilidade, choro, ansiedade, medo, baixa autoestima, tristeza, comer falar, são características comuns aos abusados. Nos casos dos bebês de até 11 meses além destes incluem a apatia, atraso no desenvolvimento, distúrbios do sono, vômitos e dificuldades na alimentação/amamentação e desconforto no colo.
Os casos de crianças de 1 à 4 anos , atraso no desenvolvimento, dificuldade no desenvolvimento da fala, agressividade acentuada, ansiedade, medo de pessoas, pesadelos, tiques e manias. Para as crianças de 5 a 9 anos - falta de limite, distúrbio alimentares, enurese e encopressão, tendência ao isolamento, ansiedade e medo, comportamentos obsessivos, automutilação, déficit de atenção, hiperatividade. Os pré-adolescentes e adolescentes de 10 a 19 anos - uso de drogas, tendência ao isolamento, automutilação, comportamento de risco, agressividade acentuada e ideação suicida.
O Projeto CARE, - Projeto de Rede de apoio especializado as crianças e jovens vitimas e violência sexual aponta dos dados abaixo sobre as vítimas de abuso:
● Lesões e ferimentos relacionados com a violência ou força física utilizada;
● Lesões e ferimentos relacionados diretamente com a violência sexual, como ferimentos nos órgãos sexuais, dor, sangramento, corrimento;
● Problemas na saúde sexual e reprodutiva, como infeções sexualmente transmissíveis (ex.: HIV; herpes genital; clamídia);
● Gravidezes indesejadas; Diminuição do apetite;
● Insónias e pesadelos durante a noite (associados a pensamentos constantes sobre o que aconteceu) ou excesso de sono;
● Choque, especialmente quando a violência sexual é cometida por alguém que se conhece ou em quem se confiava;
● Raiva da vítima para quem praticou o ato e da vítima (erradamente) em relação a si própria, por não a ter conseguido evitar;
● Culpa, apesar de a vítima não ter qualquer responsabilidade no que aconteceu;
● Ansiedade ou medo constante, ligados a pensamentos e recordações frequentes em relação ao que aconteceu;
● A vítima sentir-se sem valor (deixar de gostar de si própria);
● Tristeza profunda, fazendo com que a vítima sinta que a vida não tem significado ou propósito;
● Medo de que a situação de violência se repita; de estar só, medo do agressor; medo da descrença na sua fala do abuso e de nunca conseguir recuperar do ato violento;
● Vergonha de contar o que se passou;
● Ficar mais agressiva com as pessoas em seu redor, mesmo com as pessoas de quem gosta muito;
● Magoar-se de forma propositada;
● Começar a ter comportamentos de crianças mais pequenas (ex.º dormir de luz acesa, voltar a fazer xixi na cama);
● Afastar-se de pessoas de quem gosta ou de locais (porque podem fazer lembrar o que aconteceu);
● Desinteressar-se pela escola e descer as notas;
● Desinteressar-se por outras atividades que antes gostava (ex.º fazer desporto, tocar instrumentos musicais);
● Dificuldade da vítima em estabelecer relações íntimas e saudáveis; em respeitar o “não” de outra pessoa e os limites que ela lhe impõe;
● Ter comportamentos sexuais de risco.
INDICADORES E AS PENALIDADES
O encobrimento do abuso pode ocorrer por inúmeras razões, desde a omissão da família ou o receio da própria criança em relatar o ocorrido, temendo futuras punições; passando pela dificuldade diagnóstica e de notificação até a falta de dispositivos padronizados e efetivos para a adequada condução desses casos pelo sistema de saúde brasileiro.
Indicadores:
● A cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são vítimas de abuso (Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente);
● 7 a cada 100 casos são denunciados;
● 75% são meninas, a maioria negra;
● As meninas são vítimas de espancamentos, estupros, álcool e drogas, além de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs);
● 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência sexual (Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil - UNICEF e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP);
● Crianças de até 10 anos representam um terço do total: 62 mil das vítimas em quatro anos (Agência Brasil EBC);
● 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade, por abuso sexual foram 13.418 casos. (Disque 100);
● 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas; (Agência Brasil EBC);
● 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima; (Agência Brasil EBC) Nesse estudo, na análise da violência doméstica na criança e no adolescente como um todo, predominam a negligência e o abuso sexual. Negligência é a forma mais frequente de maus-tratos, com até 65% de todos os casos. Ainda, o relatório consta a predominância do abuso entre as meninas na faixa etária entre 5 e 10 anos de idade e entre meninos, talvez com maior relutância pela negação e relato do fato uma incidência subnotificada. O delegado de polícia Higor jorge em sua entrevista na Série Pense Digital cita a infiltração e a sua preparação como a forma mais eficaz de investigação de pedofilia - exploração sexual na internet atualmente, porém as penalidades atuais de estupro de vulnerável e da lei de Pedofilia na Internet são brandas aos serem comparadas aos danos extensivos, incluindo quanto às mortes de bebês. O art. 130. do ECA, define os maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou responsável como embasamento para o afastamento da criança.
O Código Penal possui alguns artigos específicos para os crimes e abuso sexual e estupro em crianças (predador sexual-serial (e parafíicos), porém com a penalidade é rasa demais para o absurdo que praticam e principalmente quanto ao dano que deveria ser proporcional:
● Estupro (Art 213) - pena de 6 à 10 anos;
● Atentado violento ao pudor ( Art. 214) - pena: reclusão, de seis a dez anos;
● Sedução (Art. 217) - reclusão, de dois a quatro anos;
● Corrupção de menores (Art. 218) - pena: reclusão, de um a quatro anos;
● Pornografia (Art. 234) - detenção, de seis meses a dois anos ou multa;
● Abuso, violência e exploração sexual de crianças e adolescentes:
● (art. 218) - corrupção de menores;
● (art.214 ) - atentado violento ao pudor , caracterizado por violência física ou grave ameaça;
● (art. 213) - atentado violento ao pudor e o estupro.
Vejamos este destaque: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. § 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. § 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime: I - no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; II - prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou III - prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu consentimento."
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa." Sobre o art. 241 - A ..."oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente", a pena de reclusão varia de 3 à 6 anos somado à multa.
A pena branda não limita a criminalidade, nem a intimida. Um exemplo é o art. 241, a Lei define que adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Nesse artigo a "pena é diminuída" de 1 ano à 1/3 se o material encontrado for em quantidade pequena, porém não existe aumento de pena proporcional às quantidades infinitas encontradas em deflagrações e investigações.
Os artigos de número 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: I - agente público no exercício de suas funções; II - membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; III - representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário. § 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido. A Lei ainda define um psicopata como semi-imputável, porém o abusador de crianças como imputável com leis brandas.
“Quanto vale uma vida, os efeitos do estupro e abuso infantil e do adolescentes ao longo da vida?” Os profissionais de saúde, especialmente os médicos- pediatras, devido à posição que ocupam na prestação de serviços à população infanto-juvenil, são peças-chave na identificação de sujeitos e grupos populacionais mais vulneráveis à violência, e também para o desenvolvimento de ações que promovam intervenções mais adequadas nos casos diagnosticados.
UM ‘CLÁSSICO’ CASO DE PREDADOR SEXUAL ‘DE FAMÍLIA’ DA ÁUSTRIA
Um caso extremo ocorrido na Áustia e descoberto há quinze anos com de um engenheiro para com a sua filha primogênita, Elizabeth Fritz, vítima estupros constantes, sequestro, cárcere privado, tortura física e psicológica pelo próprio pela dentro de sua casa no porão por 24 anos pelo próprio gerando gerou 7 filhos. Os filhos foram vítimas das torturas, maus tatos e de abuso sexual visto que ele cometida contra também na frente delas. Deste abuso sistêmico a filha gerou sete filhos de seu pai, dos quais três foram deixados por ele na porta de sua mansão disfarçado de filho abandonado pela filha.
O fim do cárcere foi dado por uma médica que pela segunda vez atendeu um dos filhos mantido em cárcere com aparência e saúde debilitada e suspeita de cárcere notificada à polícia. Os plantonistas encontraram um bilhete no qual ela contava sua história e pedia ajuda no bolso da roupa da filha, então. O médico de plantão, Albert Reiter ligou para a polícia, fez um apelo na TV e foi quando Elizabeth chega à clínica e a polícia já aguardava. Elizabeth e os filhos passaram por torturas, abuso sexual por ver a mãe, Elizaberth, ser estuprada, como frio intenso, calor sufocante, medo do abandono, medo de morrer sem mantimentos, omissão de saúde e educação.
O pai e predador sexual e pai e abusador dos ‘filhos-netos’ contralava o acesso ao porão que os manteve debaixo de sua mansão por 22 anos através de ameaça de lançamento de gás, choque elétrico nenhum dos encarcerados se atrevia a se aproximar da porta dentro da família residente na mansão quanto a família encarcerada, e ainda, alegando que era o seu local de trabalho e que ele não gostava de ser importunado. Quando viajava, a família encarcerada passava fome, frio e mais calor e era mantida como hambúrguer.
O PERFIL AVALIADO DO PREDADOR, PAI E AVÔ CRIMINOSO
O predador sexual e abusador, um homem, casado, religioso, engenheiro e respeitado’, Josef Fritzl, segundo avaliação psiquiátrica realizada antes de sua condenação, concluiu que o mesmo possui condições mentais de ser julgado, com total lucidez mesmo sofrendo de um "profundo distúrbio de personalidade".
O resumo do seu histórico de crimes desse caso, são de estupro, tentativa de homicídio, violência física, coação, fraude de documentos, sequestro, cárcere privado, estupro, homicídio de bebê por omissão de socorro e escravidão. Histórico familiar e criminal - Filho único e abandonado pelo pai (morto posteriormente em Guerra - 1944), ele cresceu sendo criado apenas pela mãe.
O avô de Josef teve três filhos com a empregada (extra conjugais) devido ao fato da avó não pode ter filhos, e em função disto ele era insultado na escola pela mãe não ser filha da própria avó e sim da empregada e sim com o pai. A mãe era com total ausência de afeto, dura, severa, o agredia fisicamente com surras constantes, só se vestia com roupas escuras e não permitia visita dos amigos em casa e nunca teve uma expressão agradável, mas sim "admirada por Josef". Sempre foi bom aluno, chegando a ser citado pelos professores como "brilhante e um dos melhores da escola".
Na adolescência, após estudar cada passo da vida e rotina de uma enfermeira, ele a estuprou dentro de sua casa ao lado do quarto de seu filho "recém nascido" mediante violência e grave ameaça com uma faca. Julgado e sentenciado, cumpriu pena de 18 meses. Em outra época tentou estuprar uma mulher nas proximidades da região em que morava, mas não teve sucesso e chegou a agredi-la fisicamente (Odissea - Portugal).
Aos vinte e um anos de idade se casou com Rosemarie Fritzl, com quem teve sete filhos, da mesma forma que Elizabeth. Rosemarie era obrigada a esposa a trabalhar para ele em casa, senão não teria nada e a ameaçava a trancar dentro de casa deixando-a com medo sempre e cheia de temor por si e pelos filhos (Odissea - Portugal). No ano de 1982 supostamente ele pôs fogo numa pensão, e foi preso, mas acabou sendo liberado por insuficiência de provas. Com a sua mãe, ele, conforme narrativa ao seu psiquiatra, "devolveu à sua mãe" os abusos que recebeu conforme relato acima até sua morte em 1980, trancando ela num local na mansão até a sua morte. Rosemarie Fritz (mãe de Elizabeth) - era tranquila, mas abusada na infância com violência e teve apenas Josef como homem na vida. "Cresci na era nazista e rigor e disciplina eram muito importantes..." "...inconscientemente absorvi algumas dessas coisas, o que é normal". O depósito da minha casa pertencia a mim e somente a mim, era o meu reino". "Não sou esse monstro que a mídia pinta". "Acho que, visto de fora, eu também pensaria que sou um monstro". "Eu sabia que Elisabeth não queria, que estava machucando a minha filha. Mas o desejo de provar a fruta proibida era forte demais. Era como um vício".
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não distante do que ocorre na internet, o predador sexual é deus no seu bando quando exibe a sua presa e a sua ‘lembrança’ como fotos ou vídeos do abuso cometido ou apenas uma ‘lembrança’ coletada sem autorização da vítima quanto ao seu uso.
Alguns pontos, condições e fatores, essenciais para a contenção e prevenção deste crime multidisciplinar, precisam ser revistos: a falta de penalidade adequada, a ausência total de reparação de dano e percepção da vítima no tratamento é menor do que o questionamento quanto ao agressor e sua motivação; a falta de controle das crianças em rede e da total omissão da rede que deveria ser de apoio da criança resultam no índice alarmante do Brasil ser o segundo maior consumidor de material pornográfico infantil no mundo e participar em larga escala da exploração sexual infantil viabilizada pelo tráfico de humanos no mundo.
A criança é acessada para satisfazer desde o prazer de exercer o poder sobre outra pessoa, maus tratos por inúmeros tipos de transtornos de personalidade e de paraflias. O predador sexual infantil e serial não é , nunca foi e não será romântico, delicado e terá consideração pela criança que abusa, manipula, chantageia e estupra, em certo casos sistematicamente, salvo quando se passa por algo que nunca foi. A condição ou fator de ter transtornos em seus traços de personalidade não o deixa iniputável.
A família é a maior opressora, pois finge que não vê e omite, pois isso a sociedade deve enunciar. Denuncie, colha provas, denuncie toda e qualquer tipo de violência contra a criança incluindo a omissão do Estado. As provas podem ser levadas nas delegacias ou no ministério público e você tem, por DIREITO ao anonimato PELO RISCO DE SER VÍTIMA do crime organizado da pedofilia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
https://www.karinaguimaraes.com/post/a-pand%C3%AAmica-e-lucrativa-pedofilia-na -internet-uma-realidade-e-um-espelho-da-sujeira-humana
“Violência doméstica contra crianças e adolescentes: um desafio” de Mariana Porto Zambon et al., disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ramb/v58n4/v58n4a18.pdf.
Livro: “Introdução à biopsicossociologia do comportamento”, autora: Tânia Konvalina-Simas https://pt.yestherapyhelps.com/jack-the-ripper-analyzing-the-psychology-of-the-famo us-criminal-10522
yes, therapy helps! Popular, Revista Científica Da Mulher Mensais Sobre Psicologia Carin Bondar: Os pássaros e as abelhas são só o começo https://www.youtube.com/watch?v=N39x_WTPix0 Pattern of a Killer: The Trial of Wayne Williams' https://www.youtube.com/watch?v=5cH8wozlWCU&list=PLDaS2lyIaErA12pPHLXoq mBkBPUa-2kG9 https://www.karinaguimaraes.com/post/vitimasdepedofilia https://www.karinaguimaraes.com/post/sinaisdeabusadores