Neurociência criminal
Resumo - este artigo tem como objetivo trazer a discussão da relação dos transtornos mentais adquiridos, no caso, com a criminalidade, bem como as avaliações de imputabilidade e a relação da criminalidade com os transtornos mentais, no caso aqui exemplificado o transtorno psicótico, a psicose com os delírios e as alucinações e a neurose da psicopatia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O transtorno mental facilita a violência e a gera, não sendo a origem e sim necessitando de associações. A esquizofrenia não é a origem dos crimes de assassinato e ao contrário do que se imagina, são reclusos, assustados pelos episódios de delírios e alucinações persistentes.
Os ‘recursos ‘dos transtornos de personalidade como a Psicopatia são delituosos, dolosos e absolutamente fora da conduta social e que pelo uso sistêmico de substâncias como o álcool produzem sofrimento o qual tem o total desprezo pelo resultado.
As combinações da existência de uma doença mental associado ao transtorno psicológico psicótico, de drogas alucinógenas, o omissão do estado e do sistema judicial e penal brasileiro deficiente; falta de avaliação para o retorno de convivência à sociedade de um criminosos de alta periculosidade levam a esquizofrenia ao topo das incidência dos crimes de homicídio.
A sociedade em conjunto com as autoridades governamentais (políticos, jurídico e policial) precisam atuarem juntas para que estes tenham acesso ao tratamento psiquiátrico e psicossocial, evitando o abandono ou não aderência ao tratamento que potencializa o quadro severo dos transtornos mentais graves.
Foi considerado como violência menor a agressão sem uso de arma de fogo ou produção de lesão na vítima. Já a agressão letal ou produtora de lesão grave, uso de arma de fogo e qualquer forma de violência sexual foi considerada como violência maior. Dos 1.410 participantes deste estudo, 1.140 (81%) não relataram comportamento violento, 219 (15,5%) relataram violência menor e 51 (3,6%) relataram violência grave.
Foi encontrado que a violência menor foi significativamente maior entre os participantes com muitas características não clínicas: idade jovem, sexo feminino, atividade vocacional inexistente ou limitada, residindo com familiares, não se sentindo "escutado" por membros familiares e histórico recente de contato policial. Estatísticas apontam um estreitamento dos transtornos mentais graves com o comportamento violento, porém o percentual de homicídios associados a transtornos mentais talvez seja ainda menor em países precários e economicamente ruins.
O estudo será analisado por ISABELLA CRISTINA CUNHA FIGUEIREDO, em 2020, aponta uma hipótese de que o transtorno mental esteja relacionado às violência contra a mulher, reforçando também junto á este a necessidade de uma proposição de Políticas de Saúde mental e intervenções terapêuticas para pacientes com transtornos mentais e comportamento violento e não somente a estigmatização e pesquisa de identificação e responsabilização de autoria.
Como seria a contenção e tratamento ideal de um alucinado ou delirante, num contexto familiar de abandono e sua maioria?